quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Amor, serotonina, dopamina...

Sinto-me bastante perplexa com a facilidade com que muitos de nós classificam seus distúrbios de personalidade, ou seus instintos biológicos, com uma única palavra, que não faz parte da terminologia médica, mas que, no dicionário, é descrita como um substantivo abstrato utilizado para designar o “mais nobre dos sentimentos”, o amor.

Eu ando bastante enojada do “amor”.

O “amor de mãe”, ultimamente, tem feito muitas vítimas entre criaturas que mal chegaram ao mundo. E a culpa de tudo é do tal do “amor romântico”. Se as mulheres enxergassem a realidade da sua condição, pensariam 1000 vezes antes de se “apaixonar”. Apaixonar-se, para muitas, equivale a negligenciar a si mesma, aos seus planos a ponto de deixar de se proteger para evitar uma gravidez indesejada, uma doença, ou ambas as situações.

A desculpa do “amor” se presta a toda sorte de mesquinharias; trai-se por amor, abandona-se por amor, deixa-se de lado responsabilidades e compromissos por amor... mata-se por amor.

Essa espécie de amor deveria ser repelida, condenada tanto quanto o ódio e outros sentimentos de que não nos orgulhamos. Mas é difícil distinguir; estamos por demais habituados a alimentar nossas vidas com esse mito que criamos em torno do “amor”. A tal ponto que muitos afirmam que precisam “amar” sempre para se sentirem vivos. Mas a que espécie de amor estariam se referindo essas pessoas? Talvez o que falte a elas seja, somente, algum componente da química cerebral responsável pela sensação de felicidade e bem-estar: serotonina, dopamina...nada que a Medicina moderna não possa resolver.

2 comentários:

Anônimo disse...

Cara amiga, se você olhar pelo angulo da lei de causa e efeitos verá que estas mães de hoje , serão as futuras deprecivas de amanhã sem condições plena de que o seu psiquismo possa produzir os neurostransmissores neessário, justamente devido a falta de amor.
Olha Dr. Sergip Felipe da USP SP ele é um estudioso no asunto e tem dado pós graduação em medicina e espiritualidade na USP como já temos esse entendimento lá fora.
pense nisso?

Anônimo disse...

Antidepressivos por períodos prolongados alteram a química do cérebro. Não são recomendáveis!!!