terça-feira, 27 de junho de 2006

UM POUCO DE AUTONOMIA FAZ BEM À SAÚDE

Iniciei o meu primeiro post, neste Blog, com a palavra “aprendi”. E, até agora, aprendo, graças a Deus. Mas houve um começo nesse caminho que agora percorro, sempre buscando o máximo de independência em relação a tratamentos convencionais.

Dois de meus filhos eram alérgicos e tratados pelos respectivos médicos com conticoides. Um deles, ainda em seus cinco anos de idade, um dia me disse: mãe, estou com uma moleza, uma tristeza... Eram os efeitos colaterais de um medicamento chamado “aerolin”. Observei, depois, que um outro, “aminofilina”, também desencadeava reações desagradáveis.

Primeira lição: anti-alérgicos não curam e sequer aliviam crises. Segunda lição: mesmo após me dar conta de que anti-alérgicos não curam e de que seus efeitos desagradáveis precisam ser suportados, apegava-me ao medicamento como a uma tábua de salvação.

A terceira lição foi bem mais agradável: um pouco de autonomia faz bem a saúde. Decidi abolir o medicamento (naquela época não havia espaço para diálogo com médicos) e passei a buscar métodos alternativos, inclusive chás caseiros, simpatias, oração, muita oração.

Comecei a ler, a me informar... Descobri que, sobretudo, é preciso ter muita coragem para lidar com doenças; não existe cura a qualquer preço. Por exemplo: insistir no uso de corticóides para aliviar sintomas pode significar a morte do paciente. Mas, naquela época (mais de 20 anos se passaram), nenhum pediatra me alertara para esse risco. Talvez porque houvesse, ainda, ignorância a respeito.

Muito tempo se passou até eu travar contato com literatura sobre terapias complementares que asseguram que os pacientes, por vezes, estão apegados a própria doença! E que é preciso respeitá-los! Li, também, teorias de fundo psicanalítico que apontam para o complexo de culpa como origem de muitos males físicos: o paciente busca a auto-punicão.

Se assim é, temos aí uma boa explicação para o mistério de doenças crônicas que torturam longamente seus portadores sem que o arsenal médico se mostre capaz de promover a cura.

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