quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Onde buscar socorro? Mateus, 5, 20

Se a justiça, no Brasil, tarda e falha e se a União comporta-se como litigante de má fé, o que nos resta?
"Mateus, 5,20: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no reino dos céus."

Eis a verdadeira e inquestionável justiça, largamente exemplificada em todo o discurso de Cristo, até o último versículo do capítulo 5 ("Sede, pois perfeitos, como é perfeito o vosso pai que está nos céus").

A aplicação dessa visão de justiça dispensaria qualquer reparação pois, de antemão, tudo estaria em perfeita harmonia. Se cada indivíduo, seguindo naturalmente os preceitos do capítulo 5, se abstivesse de prejudicar os outros, estaríamos a um passo da educação perfeita. E os Advogados, juízes, mediadores e toda a categoria de atividades policiais tenderiam a desaparecer uma vez que todos se comportassem civilizadamente.

Como tantas outras profissões que foram suprimidas pela automação, pela revolução industrial e tecnológica,  carreiras com perfil de repressão ou de correição encolheriam, perderiam importância e prestígio e, por fim, a razão de existir. Em contrapartida, profissões ligadas à educação ganhariam  reconhecimento e remuneração compatível.

Hoje, quando as manchetes que reportam o tráfico de drogas e a corrupção, na esfera pública, monopolizam os espaços da mídia e mobilizam a atenção da sociedade, é compreensível que as carreiras do mundo jurídico, e a de policial federal, sejam a aspiração dos que buscam status e salários mais altos. Afinal, quanto mais bandidos audaciosos em ação, maior a necessidade desses profissionais, para investigar, prender, julgar, punir.

Mas é preciso quebrar esse ciclo perigoso ou, logo, estaremos divididos entre, bandidos de um lado e advogados e policiais de outro. Bastaria aplicar os preceitos de Mateus, 5,  antídoto perfeito para todos os vícios e defeitos de caráter. E colocar a educação em primeiríssimo plano, sempre nas mãos de professores, é claro... Religiosos pregam, não educam (e, alguns, sequer estão aptos a pregar) salvo quando tem formação de educadores.

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