segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Rapapés e salamaleques: fanatismo na política

Iniciado o julgamento da ação penal 470, ou julgamento dos mensaleiros, verifica-se um  movimento, na Internet, em que indivíduos ligados a um partido político procuram desmoralizar o Procurador Geral da República, Roberto Gurgel.

Há uma grande diferença entre criticar, apontando falhas e, simplesmente, depreciar, debochar, ridicularizar. Eu tenho por mim que o trabalho honesto merece respeito. Aliás, o Procurador, conforme registra sua biografia, ingressou no Ministério Público, por concurso público, em 1982, ou seja, tem dedicado a vida à essa carreira.

Não seria de estranhar que políticos pertencentes a castas privilegiadas, ditas oligarquias, manifestassem menosprezo pelo trabalho e por trabalhadores... Mas o que dizer de pessoas comuns que estão usando a web para atacar, raivosamente, um servidor público que está, tão somente, se desincumbindo de suas tarefas? A que ponto chegará esse fanatismo da política?

Estamos em vias de mergulhar no obscurantismo, retrocedendo, a passos largos, para a Idade Média... As liberdades serão extintas, seremos, todos, obrigados a "rezar o mesmo credo", a aplaudir um único líder, com muitos "rapapés e salamaleques", teremos que chorar convulsivamente quando "ele" morrer, como fizeram os infelizes coreanos quando morreu Kim Jong-Il... Seremos obrigados à unanimidade, sem discordâncias, sem discussão... Muito Chato, muito opressivo.

Lamentavelmente, há muitos que se sentem atraídos pelas personalidades autoritárias, gostam de rapapés, de vassalagem, gostam de não pensar... Não é à toa que se diz que cada povo tem o governo que merece.

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