quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Por que a qualificação e a sanidade mental de governantes não são avaliadas?

Hoje, dia histórico em que o STF inicia o julgamento dos "mensaleiros", fiquemos a postos, na torcida, como se fosse uma copa do mundo, contra os ladrões e pela vitória do bom senso, da vergonha na cara, torcendo, em resumo, pelo fim definitivo da impunidade.

Aqui, também, há castas. Diferentemente da Índia, porém, os que estão no topo da pirâmide social, detentores de todo o poder e de toda a riqueza, é que são uma espécie de intocáveis. Talvez seja mais correto afirmar que estão, de fato, fora da pirâmide, efetivamente intocáveis porque tudo lhes é permitido, pairam acima do bem e do mal.

Mas os "párias" daqui, ou seja, todos nós que não estamos no topo da pirâmide, é que são submetidos aos "rigores da lei". Somos párias, na medida em que temos sido alijados de tantos direitos básicos como saúde, educação, segurança e, até, do direito à justiça! Paradoxalmente, insistimos na auto-denominação de cidadãos.

O curioso é que qualquer de nós precisa comprovar e demonstrar aptidão e experiência para o exercício profissional, seja na esfera pública, seja na esfera privada. Precisamos provar que somos decentes e confiáveis. Para o exercício de mandatos políticos e de cargos públicos, designados como cargos de confiança, nada se exige. Então, desqualificados e bandidos vem tomando de assalto a administração pública.

Por isso temos, hoje, um julgamento de políticos no STF; porque, na política, é permitido o ingresso de mal feitores, porque não há um processo seletivo que exclua incompetentes, bandidos e os mentalmente incapazes, porque indivíduos obcecados por dinheiro e poder, tão loucos quanto qualquer outro viciado, jamais poderiam ser admitidos na gestão pública: psicopatas, debiloides, imbecis que não enxergam nada além do próprio umbigo.

Enfim, precisamos que se faça justiça, ao melhor estilo bateu? Levou! 

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