domingo, 18 de junho de 2006

A AUTO-OBSERVAÇÃO E A SAÚDE

Aprendi, desde cedo que a saúde está muito além do corpo. Aprendi, também que a saúde é uma questão de educação e de informação. Aliás, a sabedoria dos mais velhos ensina com total acerto: "Quando a cabeça não pensa o corpo padece".
Mas a Medicina ainda não acordou completamente para esses aspectos e somos tratados, em total desrespeito à nossa real natureza, como partes, pedaços com vida própria: coração, pulmão, rim, olhos, ouvidos, nariz e garganta... Coitados de nós, que somos confundidos com nossas vísceras! Coitados de nossos médicos, heróis que conseguem salvar vidas apesar das limitações severas impostas por esses conceitos equivocados.
A cabeça precisa funcionar, precisamos saber pensar sobre nós mesmos, sobre o que sentimos...e até saber avaliar a necessidade de consultar o profissional de saúde. Temos indisposições passageiras, muitas vezes associadas a algum exagero ou inadequação alimentar que poderíamos corrigir com a prática de auto-observação. Mas somos condicionados à total dependência da avaliação de outrem.
Lembro-me que, há cerca de 20 anos, quando o jeans de laycra super justo era o auge da moda, passei a sentir insuportáveis dores nas pernas. E eu associava o jeans ao sapato de plástico e essa combinação bastante perversa era a causa do meu desconforto. Cheguei a consultar um especialista e a fazer exames mas logo a "ficha caiu"; foi só substituir o vestuário e o calçado.
E pronto, a saúde estava de volta.

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