quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Mateus15:11": analfabetos funcionais entenderiam?

A escolaridade das mães influencia no desempenho escolar dos filhosa escolaridade das mães influencia na saúde dos filhos. São constatações importantes de pesquisas realizadas no âmbito do Governo Federal.
Não conheço pesquisa que associe saúde e desempenho escolar dos filhos à adesão das mães a essa ou àquela religião. Mães que são constantes em rotinas religiosas (que, inclusive, ofertem o dízimo) porém com baixa escolaridade, conseguiriam cuidar melhor de suas famílias?

Cuidar melhor de si e dos outros requer conhecimento, informação.

O texto bíblico oferece conteúdo, por si só, que permita a um fiel aprender regras básicas de higiene e saúde aplicáveis aos dias correntes? Aliás, até que ponto um indivíduo com baixa escolaridade consegue usufruir, com proveito, os ensinamentos bíblicos?

Há uma passagem muito própria, contemporânea, ilustrativa, não importam os dois mil anos passados: "O que entra pela boca não contamina o homem, mas o que sai da boca, isso é que contamina ... O que entra pela boca, desce ao ventre, baixa à terra... O que sai, procede do coração e é isso o que contamina...Do coração procedem os maus sentimentos, os homicídios, o adultério...os furtos..." São essas coisas que contaminam o homem, mas o comer sem lavar as mãos, isso não o contamina (Mateus, 15, 11 a 20).

Em um pais de milhões de analfabetos funcionais, quantos estariam em condições de compreender o maravilhoso significado dessas milenares palavras, sem deixar de lavar as mãos e "lavando", porém, o coração?

As igrejas não oferecem aos fiéis educação religiosa eficaz. Se o fizessem, os resultados seriam visíveis, afastando a tão falada "ausência de Deus", usada pelos crentes para explicar a violência. Talvez porque, analogamente aos maus políticos, não lhes interesse educar. Afinal, educar liberta, pode ser um tiro no pé... Vai que o fiel resolve mudar de igreja, abandonar a igreja, deixar de dar o dízimo...

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