terça-feira, 20 de março de 2012

Fim do mundo.

Ontem, passei o dia com a sensação de que precisava lembrar de alguma coisa... Algo importante no dia 19 de março. De repente, lembrei: era o dia de São José, santo de devoção da minha mãe. Ela morreu em 2005, então, tudo é pretexto para ruminar, reviver boas lembranças e lamentar a ausência, lamentar o que poderia ter sido melhor aproveitado, na convivência.

A vida é corrida. Como disse Oscar Niemeyer, é um sopro. Então, tudo se vai, como fumaça, "tudo que se vê não é igual ao que se viu há um segundo" (Lulu Santos).

Mal começou o ano, e cá estamos, no final de março, final do verão, caminhando a passos largos para o segundo semestre.  Nessa marcha, atravessaremos o ano, num relâmpago, rumo a  2013. Isso se vencermos o dia 21 de dezembro, data marcada para o final de tudo.

Segundo o que tenho lido, de escritores místicos (Ou caça-niqueis que aproveitam o misticismo reinante para vender?), não restará pedra sobre pedra: o mundo vai virar de ponta cabeça, literalmente, o polo sul vai virar polo norte (e vice versa); continentes vão submergir; a Atlântida, submersa, ressurgirá. Vulcões adormecidos entrarão em erupção, maremotos, terremotos varrerão a terra... O caós se instalará.

Um fim do mundo bem particular, restrito, que varresse a corrupção, que libertasse os corruptos aprisionados ao vício de roubar...Não seria mal.

Os corruptos são seres ridículos, deploráveis; nos vídeos divulgados no Programa "Fantástico", no último domingo, é explicita a patetice dos entrevistados, tão cientes dos próprios atos, tão seguros de si e da situação que protagonizam. Tamanho é o cinismo dessa gente, tão miseravelmente pobre, que parecem arremedos de palhaços.

Não somos nós, a sociedade, os ludibriados. São eles.
A vida é curta e esses indigentes do amor acreditam estar aproveitando tudo o que podem, em detrimento do próximo, desprezando acintosamente  todos os outros cidadãos.
E justificam os próprios atos, sem o menor pudor, classificando de "ética de mercado" as fraudes e armações que maquinam para dar vazão  a uma ambição desmedida.

Um fim do mundo para eles, com terremotos, vulcões, dilúvio... Que numa fração de segundo, tudo que acumularam com tanto gosto, vire pó.






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